segunda-feira, 4 de junho de 2012

perda de tempo

Tanto que tento não cair no tempo, mas quando dou por conta já to a questioná-lo outra vez.  Como corre! Como divaga! E como faz os dois ao mesmo tempo, o tempo. 
Esse tempo que já me afastou afetos e que já me afligiu quando eu implorava pressa, já me fez crescer também. É o mesmo tempo que não muda um bocado de coisas e faz milagres com outras. Às vezes, quietinho, vai passando que nem noto, e com ele leva pessoas, ares, lugares... Leva embora ideias! E de tão calado me assusta quando reparo nas minhas duas décadas já vividas. PARADOXO! Já passou tempo demais! O futuro vem chegando e me agarrando com os tentáculos da consciência, da responsabilidade e da crueldade. É, quanto mais o tempo passa, mais conheço o lado cruel que o amadurecimento pode trazer. Não só o amadurecer de idade, mas o do próprio conhecer e entender da vida. 
O tempo decepciona, o tempo nos transforma... E ele até melhora. Essa coisa de tempo endoida a cabeça da gente! Será mesmo que tudo é um tempo só? E será que essa medida, que se dá em nossa lida, números, exatidões e coisificações, é sempre a mesma pra toda vida? Cara, qual é o tamanho duma vida?! Aaii! Sempre me pego endoidecida, perdendo tempo com o tempo. Mas é esse mano velho quem me persegue.