domingo, 29 de maio de 2011

O simples amar: único amar existente.

A gente ama quem a gente não tem vergonha de ser quem é, quem a gente sente ser amado e é amado pelo jeito que somos. Recheados de defeitos, manias, chatices... e de mil maneiras de fazer um ao outro feliz, o que pesa mais que tudo. Amamos quem nos faz sentir a vontade, quem nos deixa em casa com apenas um olhar. É juntamente ao amar que o sentir-se amado flui. Acontece quando entendemos que o outro ser amante tem defeitos como nós e qualidades que só um amor que é nosso é capaz de ter. Amo meus amigos que me fazem sentir amor amado de alguem que ama simples e puro!

sábado, 28 de maio de 2011

Mutante

Tenho que me desligar e fazer as malas todas as vezes que sinto que estou de volta ao mesmo caminho. Um caminho percorrido que se repete me parece um regresso. Meu comportamento instável diante de situações iguais são prova disso. Embora não existam roteiros que digam por onde devo ir e revelem a vontade dessa minha instabilidade, imagino que seja a força da mudança que me atrai; não me deixa repetir sensações com a mesma intensidade de outrora. Preciso tanto dessas mudanças, que nem um caminho de volta pra casa é feito de uma mesma maneira - mesmo que este use apenas da minha imaginação pra ter o novo -, e quando me pego repetindo passos vem aquele desligue meio frustrante. E assim, morro todos os dias pra nascer melhor, se é que eu fico melhor.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Beleza no que há

Uma prosa de final de tarde, sabe? Quando refletimos com melancolia e revelamos, sem querer, nossas fraquezas mais bonitas. Fraquezas bonitas; aquelas sem razão, aquelas do coração. Elas seriam dos feitos mais lindos se não fossem apenas fraquezas bonitas. No fim da tarde, aquele gostinho de sol se pondo junto à brisa que a gente vê passando... Qualquer nostalgia que vem a tona torna-se uma bela fraqueza. As revelamos no embalo desse despedir do dia, como se estivéssemos com elas cansadas junto às desgastantes últimas horas. E assim como um suspiro de alívio ao ver o céu claro se desfazer, vão-se as fraquezas bonitas para o outro eu que tem fraquezas que melhor se embelezam junto às suas. 

Era só uma prosa descansada.


quarta-feira, 4 de maio de 2011

murmúrio

vazio profundo
profano pensar
liberdade uns segundos
deixe-me voar!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Um calo; um aprendo.

  Tenho aprendido o silêncio. Também tenho o apreendido muito bem. Pra me segurar nos desequilíbrios angustiosos, pra manter um pouco de sapiência e pra, principalmente, conhecer o que deve ser moldado no meu viver.
  Em silêncio, falo pelos cotovelos. Converso com meu muito, com meu pouco, com meu quase nada... Um silêncio é uma busca. Incontáveis palavras, infinitos sentidos. Calar-se pode ser saída ou principio básico para se falar o correto, sendo sucinto ou não.
  Quantas vezes já não gastamos tantas palavras por uma idéia frágil e só depois, quando calados, descobrimos um outro sentido? Muito disso já aconteceu comigo pelo menos. Eu quis me justificar e buscar soluções, quando a resposta estava na minha cara; no pensar bem, no silêncio oportuno. Observar falas, saber discernir antes de concordar ou discordar, antes de dar opinião sobre o desconhecido...
  É que tenho visto tanta mediocridade a respeito disso, que me sinto mal por qualquer julgamento injusto que eu tenha feito sem querer. Quando enxergo de fora esses defeitos, como o de julgar mal, sinto vontade de abolir até qualquer resquício disso. Esse é o momento que a gente pára, pensa e decide o que se deve mudar. Nos últimos dias, me deparei assim. Descobri que devo me atentar às minhas visões silenciosas e aos meus ideais com mais cabeça; tenho feito.