sexta-feira, 8 de abril de 2011

Suspeitas da duvida.

  Quer saber? Nosso amor nunca existiu. E não existe nenhum assim, não existe essa coisa que vem e vai embora com tanta rapidez. As vezes eu fico observando esses romances inacabáveis, esses que volta e meia terminam com gosto de que vão voltar dali a alguns dias, sabe? Pois bem, se fossemos um pedacinho de amor poderia ter dessas com a gente. Será que foi o seu orgulho ou meu mau costume de desacostumar que nos afastou tão depressa? Quem sabe se, em um deslize de nossos defeitos, nos deixássemos cruzar os caminhos outra vez seria mais amor do que foi... Do que não foi! Ou foi? É que quando volto a pensar no frio na barriga daquela chuva de despedida em ritmo de boas vindas, eu o sinto de volta. Sinto mesmo. Sinto até os detalhes que eu nem sabia que lembrava!
  E então, o que faço com você? Não sei se te enquadro como meu desamor, ou se te chamo de mentirinha que passou... O resultado de nós dois foi aquele? Ou precisava tirar a prova real? Oh, mas pensando bem, esse vai e vem é muito disperso, esse sim é sem nome e não é amor meeesmo. Nós dois sempre tivemos cabeça intensa, mesmo que não passássemos isso um pro outro. Mas eu sabia. Você sabia. Então, essa brincadeirinha de amar em idas e vindas não foi, nem nunca seria nossa cara. Apesar de eu imaginar como podia ser a gente junto de novo num desses acasos da vida... Que tola, eu ainda penso nisso! Só que acho que existe uma diferença entre os incertos que nem sabem por que fazem o que fazem e os incertos que esperam um dia ser se tiver de ser DE VERDADE. Sou desse ultimo tipo. Acredito sim que pode ser um dia, um “melhor”, se for pra ser. E para acreditar nisso não acho que é preciso ficar feito louco querendo que dê certo a todo custo pra ontem.
  Até hoje não sei o que fizemos conosco, ou melhor, o que desfizemos. Sem mais nem menos, eu poderia dizer, deixamos tudo pra lá. Por isso eu acho que não foi lá essa coisa de amor... Mesmo que eu ache lindo dizer que foi. Mesmo vendo você de longe e lembrando que eu recebia ‘te amo’ daqueles olhos, e mais, que eu retribuía com os meus! Mesmo ouvindo suas frases de má criação seguidas de lindos perdões em meus ouvidos até hoje! Mesmo olhando pra você e me lembrando de uma infinidade de fraquezas passadas. Mesmo tendo noção dos tantos sorrisos que você já me arrancou. Mas ainda assim, com uma infinidade de mesmos, eu teimo e repito que não foi amor!


 se foi.

1 comentários:

Juliana Guedes disse...

Adorei...Texto contraditório mais perfeito

Postar um comentário

Palavras bem-vindas...