quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Me conforta apenas.

"E se não quisermos, não pudermos, não soubermos,
com palavras, nos dizer um pouco um para o outro,
senta ao meu lado assim mesmo.
Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra
até nascer aquele sorriso bom que acontece
quando a vida da gente se sente olhada com amor.
Senta apenas ao meu lado
e deixa o meu silêncio conversar com o seu.
Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras."
(Ana Jácomo)


Eu, que nem mesmo tomo café, tenho dias amargos demais. Não precisa vir de razão qualquer nem de você, amarga só. Devem ser os goles do café que não tomo acumulados mesmo... Ou deve ser por conta dessa agonia que me dá do nada que me tem. Nada, apenas. Amarga, amarga e passa. Então é bom mesmo que me venha sem palavras. Presença já o bastante quando não se quer nem ouvir o nome de uma doçura. Amarga, não quero me desfazer numa troca. Eu quero é que passe, e passa sem que precise adornos desses doces. Pelo menos comigo é. Mas preciso de você sim, apenas pra me sentir entendida talvez. E que as palavras lhe faltem pra que eu possa apenas sentir. Sentir se você me entende. Sentir conforta, desamarga.

4 comentários:

Samuel Cardim disse...

Tamara muito bom esse post, identifiquei-me bastante. Saibas que uma onde gigante de sentimentos está emanando de suas palavras, e as pessoas as sentem... parabéns e continue sempre assim: com uma doçura cativante.

' Jéssica Sabbatini :* disse...

aaah amei seu espaço meu bem!super fofo! *--*
Citações da Ana são muito verdadeiras,adoro!
estou te seguindo,um beijo querida :*

Ruan Andrade disse...

é lindo.
Puro

Mar disse...

Oi, Tamara, boa noite!!
Amargor é um negócio sério. Há cafés tão fortes que, mesmo se colocarmos açúcar suficiente para tirar-lhe o amargor, fica o insuportável sabor do doce demais. A vida também é assim. Há uns dias de café amargo, chá de losna, buscopan em gotas... É engolir e esperar passar o gosto. Fazer o quê?! Certamente tomamos porque era preciso. Se não era, precisamos ver o porquê tomamos. Às vezes, fazemo-nos o mal por descuido ou sem necessidade. O gosto do amargor não pode ser mudado, mas isso pode! E nessas horas, ou na linha de um telefone, ou na frente de uma tela de computador. Alguém monossilábico, que só diga: “eu sei”, “estou aqui”, “pode chorar”, “entendo”. Melhor ainda se puder haver alguém do lado, para ficar no profundo silêncio que traduz enormes discursos de consolo. Como é bom ser consolado pelo silêncio, e desafogar o amargor do peito! Nada no mundo consola mais que sentir junto, e saberem ambos que os dois sofrem pela dor que devia ser de somente um.
Um beijo carinhoso, Taminha
Lello

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