sexta-feira, 23 de julho de 2010

Equilíbrio desumano.

Me surpreendo com a fragilidade do laço que une as pessoas. Parece que vivemos num campo de guerra, em que um agride o outro verbalmente de maneira escarnecedora e sem motivo algum, ou com motivo: instinto do homem! Sinto diariamente essa disputa de palavras, inclusive a pratico. Não, não sou dotada do desejoso equilíbrio! Sou defeituosa justamente por ser homem. Só que por outro lado não me vejo como esses brutais que tem a altivez como um escudo. Claro, me defendo quando sou insultada e até insulto, impulsivamente, que fique claro! E a diferença está aí na impulsividade. Quando ajo deste modo sei muito bem reconhecer onde pequei, aqueles outros não! Eles se acham sempre os certos, umbigos do mundo.
Enquanto houver humanidade, haverá o erro, eu sei. Erramos mesmo sem saber! Então será que aqueles, aos quais me refiro como outros, não sabem quando erram? Ou são tão errados de natureza que mal percebem a diferença entre o certo e o errado? Enfim, sendo apenas eu, não tenho como responder nenhuma dessas perguntas. Estou apenas em mim, e conhecer a mim já tarefa de grande labuta, quem dirá conhecer aos outros.
Por enquanto continuo a observar como eles agridem e como podem ser amáveis também. Por que apesar de saber que o convívio com o meu próximo pode ser deteriorável, sei que não dá pra conviver só comigo. Eu amo, mesmo quando sinto raiva de todos, amo. Amar é o único verbo que tem se sustetando durante eternidades passadas e me parece ser alguma saída para a batalha de desequilíbrio humano.


2 comentários:

Ruan Andrade disse...

Foi muito feliz no texto Tam, formidável !

"Enquanto houver humaninade, haverá erro(...)" - L.10

Anônimo disse...

Parabens, Tam.
As vezes nos achamos tão sujos quando nos igualamos aos "outros" como você disse. É do homem mesmo.
Mas vc está de parabéns!
Textos magnificos.
beijo

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