segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Um alguém imaginativo.

Acabo de assistir ao filme "O fabuloso Destino de Amelie Poulain", e despertei familiaridade com uma velha conhecida minha. Ambas vivem deixando seus próprios vestígios pra que possam chegar até elas. A diferença é que Amelie fazia isso visivelmente e destinava a certa pessoa, minha conhecida faz rastros apenas imaginando que alguém possa encontrá-la em seu jeito.

São sinais. Sinais bobos oriundos de palavras perdidas, indagações fora do sentido, mudanças de comportamento, falação, silêncio, gestos, expressões, manias, algo que chame atenção sem devidamente ser de significância relevante, até qualquer detalhe sobre si num de site de relacionamento(...)  Ela tem pra ela que alguém está sempre lhe seguindo, então continua deixando seus rastros.

Amélie deixava pegadas por que tinha medo de ser direta, e pode até ser igual com essa minha conhecida. Mas ela disse para mim, que acredita mesmo que se existe esse alguém que lhe segue, esse alguém será como ela e, quem sabe, para ela.

(que engraçado!)

2 comentários:

Hugo Renato disse...

Legal esse filme, e sabe, já segui alguns rastros... rsrs, mas tipo num deu certo (principalmente os virtuais)... Estou me focando agora em não seguir... Estou me deixando ser guiado... Por enquanto, está dando certo... rsrs. Até mais Tam, bjo!

Mar disse...

Fabuloso o texto – fantástica a amiga. Não existe um só ser vivo que não deixe rastros, da forma como ela faz. O que ocorre é que a maioria de nós se acha no segundo estágio dos rastros, de percebê-los, conhecê-los e direcioná-los a alguém. Para quem não se pega no segundo (ou no terceiro!) estágio, a grande novidade é está: está agindo como essa sua amiga e não sabe! Só um exemplo entre tantos: Deixamos rastros olfativos por todo canto. Ou usamos cremes de morango e champanhe, sabonetes cheirosos, colônias e perfumes por higiene? Ou a mulher usa sete produtos de maquiagem no rosto para proteger a pele? Claro que nos interessa deixar marca, deixar rastro e, em percebendo “seguintes”, despistar outros e ser seguidos (como Amelie) por aquele(a) a quem passamos a deixar pistas mais... direcionadas! Achados, as pistas se tornam marco a dois. Eis a essência da vida e da felicidade.
Maravilhoso, o tema. Parabéns!
Abraço
Marcelo Bandeira

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