sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Um pouco de otimismo por mais fé.


"Abençoadas sejam as surpresas risonhas pelo caminho"
(Caio Fernando Abreu)

  Já tive dúvidas se essa coisa toda de Ano Novo é frustrante ou mágica. Me parece mesmo que é ilusória, já que acredito que ilusão pode tomar forma boa e/ou ruim. Queira ou não queira, todo mundo acaba mecanizando dezenas de planos para o próximo ano, se firmando na novidade de mudança que o reveillon figura. E acontece até sem querer mesmo, quando a gente repara estamos lá outra vez pensando numa coisa pra fazer.
  Neste momento não estou arquitetando nada, só espero por melhores surpresas pra que eu possa descansar sem ter que me cobrar mais tarde. Mas ainda assim não deixo de desejar alguma coisa, viu só? É bem assim. E é aí que mora o perigo da decepção, de pôr a culpa no pobre do ano e de fazer tudo outra vez ao final de dezembro. Já não vivo mais disso.
  Reveillon podia ser todas as vezes que se quer transformar, porque algumas pessoas deixam tudo pro ano que vem quando acham que estão indo mal e acabam vivendo só de promessas. Ainda bem  pra elas que todo fim de ano termina com um suspiro de “como passou rápido”, daí aparenta mais fácil recomeçar. E mesmo assim, bem que eu não queria relógios pra começos e fins...
  Mas sabe, mesmo que seja por causa da data, é tão bonito olhando pelo lado de que é no fim do ano que as pessoas se sentem mais acreditadas ou ao menos tentam estabelecer melhorias. É que quando pensamos no que queremos de bom, no que pretendemos mudar e melhorar, nós nos damos conta do que não deu certo e o que foi feito (ou não foi feito) pra isso. De alguma forma, lá dentro, cada um reconhece seus pecados, mesmo que não admita nem pra si.
  Fim de ano é uma escola! Por menor que seja a aprendizagem ela serve de alicerce pra outras novas, não tenhamos dúvidas disso. E que não seja frustrante nem enfeitado demais, mas que seja uma boa ilusão. Ilusões são ilusões porque estão dentro da gente. Só que quando dentro é casto e verdadeiro, fora passa a ser do mesmo jeito porque tudo se transforma quando a gente se acredita, se muda. Vamos aprendendo!
  Então, aproveitando a intensidade da data, que façamos vários reveillons num ano e que abençoadas sejam as surpresas risonhas em todo nosso caminho. É meu desejo de ano novo :)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Todos Estão Surdos


                                      (Pato Fú)

Outro dia, um cabeludo falou:
"Não importam os motivos da guerra
A paz ainda é mais importante."
Esta frase vive nos cabelos encaracolados
Das cucas maravilhosas
Mas se perdeu no labirinto
Dos pensamentos poluídos pela falta de amor.
Muita gente não ouviu porque não quis ouvir
Eles estão surdos!

(Todos estão surdos - Roberto Carlos)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

[Sob]sobre o que não quero.

  Eu reclamo da vida, acordo de mau humor, falo demais as vezes e sinto nervos a flor da pele. Quem também não? Tão comum. Acho surreal e talvez até bonito quem tem um equilíbrio pleno pra qualquer situação, sabe lidar com adversidades com a melhor paciência e está sempre bem. Acho triste, feio, deprimente, aquele passa o dia resmungando, encontrando defeito na mais mínima das coisas e que, pior ainda, acha que tudo de errado que acontece consigo é uma injustiça tremenda.
  Chamo de egoísmo, pessoas egoístas. Tá aí uma das coisas que mais repugno, são as pessoas “umbigo do mundo”. E não há quem me faça compreender esse pensamento tosco que elas têm em querer mudar tudo em prol de si, como se cada acontecimento, cada suspiro, fosse voltado pra sua ordem, e como não é possível que seja sempre como seus maravilhosos gostos, claro, elas reclamam, reclamam, agridem, reclamam... Convivo de perto com exemplos desses e, sério, tenho vontade de explodir todas as vezes e discursar um milhão de verdades, só que aí me aproximo mais dos equilibristas, na corda bem bamba, mas equilibrista.
  Assistir a esses espetáculos serve demais pra mim. Por eu ter acompanhado de perto desde mais nova com um bom tipo (e outros mais) desses, acabei tomando isso como algo que não quero ser, que não quero pra mim. Quando eu me vejo ranzinza por um segundo já lembro logo do exemplo a não ser seguido. Acredito que isso sirva até como amadurecimento. É que quando a gente conhece o outro lado e sabe discernir como negativo, a gente passa a aprender com isso, ou seja, entendemos onde estamos pisando e qual efeito isso pode causar não só nos outros como em nós mesmos.
  Eu funciono assim, no momento em que vejo que estou extrapolando penso logo “Epa! Controle, Tamara. Tá errado desse jeito”. Engolir a seco certas atitudes mundanas e desdobrar-se pra lidar da melhor maneira com elas, faz parte de um bom convívio consigo. Já fui bastante nervosinha, acho que por contágio do meio, e quando vejo o quanto aprendi e mudei fico até aliviada, e feliz. E é bom também ver o que pode ser mudado, ainda tá cedo pra ponto final, aliás, quero estar longe de pontos finais.
  Então, mudando, controlando e revendo conceitos, é meu caminhar, apesar da boa tendência que tenho de me isolar jogando tudo pro ar. Por essas e outras é que tenho mesmo que mentalizar alguns mantras de autocontrole, é certo que eu passe por pequenas implosões e choques elétricos, até porque me enquadro no perfil humano comum, se é que ele existe. Rs.
  Ah, outra coisa! Acredito ainda que toda essa troca da vida tá bem ligada àquela leizinha da ação e retorno, como até já falei aqui no blog sobre. Continua valendo: Semente, fruto e colheita. Ingenuidade ou não, é o que faz mais sentido em meio a esse vasto campo de [in]entendimento dessas forças vitais. Não faz? Mas ainda assim, cada qual com seu próprio pensamento, afinal, são tantas cabeças pensantes... Enquanto eu puder conhecer o errado e o certo e souber diferenciar, vou eu mesma errando, acertando e errando outra vez, pra poder aprender. E que eu fique livre (muito livre) de me igualar a uma mal agradecida e centro do universo.
  Queria lembrar aos outros aquilo que volta e meia lembro a mim, é sobre antes de se questionar o porquê das coisas estarem fora de controle procurar olhar pra si, ver se o problema não está no que faz, em como pensa. Que não pareça ser palavrinhas de autoajuda (acho tão chatinhas), é que tô realmente falando como falo a mim mesma, mesmo que eu tenha um bom desvio de conselheira nas horas vagas. Só quero destacar o que qualquer um deve (ou deveria) saber, é que nada melhora se você não se melhora.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Mundo em mim

"Eu que tanto era preso a tudo que pareceria belo
Aos olhos de quem me quer bem
Vivia assim, perdido em coisas fúteis
Tão normal

Ainda sei, posso chegar em casa e observar
Flores, regar as cores
Eu, sozinho em mim

Sei que cada detalhe que sentir
Em que sentido, é só buscar assim
Ao que não vi
É meu, põe só um teto azul
Não basta com o céu
Eu vou sair daqui
Pela janela e o mundo costurado em mim"

[Trapos, Remendos e Azul - Velhos e Usados]


"Faz de conta que tudo que ela tinha não era de faz de conta."
[Clarice Lispector]

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Nem isso, nem aquilo.

Não sem bem dizer se me sinto acreditada ou não. To encalhada num misto de emoções, de sentimentos, de escolhas, de tudo! É difícil poder definir qualquer troço nessa hora, e acho que acabo de descobrir que não gosto muito de indefinições. Na verdade, é permanentemente díficil, pra mim, definir muita coisa em geral, e eu realmente não tenho suportado isso. Não falo em relação a querer definir coisas da alma, aquelas que são bonitinhas porque apenas podem ser sentidas, isso não! Me refiro a essa agonia que me dá de não poder controlar minhas energias, estar super calma agora e cinco minutos depois querer gritar, gritar muito! É evidente que essas sensações têm algo relacionado, nesse caso, a minha tensão é ves ti bu lar, essa palavrinha que vai dar rumo a meio mundo de minha vida. Bom, fosse só tensão, seria normal, mas eu consigo a façanha de fazer todo o desequilibrio existente se chocar com meu melhor equilibrio, é isso que não defino. Choro constantemente, só que tenho pé no chão de que o melhor vai ser, com a mesma frequencia. Me irrito bastante, mas também fico tão calma que parece que nada está pra acontecer.

- E ai, Tamara? Como você tá?
- Eu não sei.
- Não sabe?
- Que droga, não me pergunta!

ou 

- E ai, Tamara? Como você tá?
- Eu não sei.
- Não sabe?
- To um pouquinho tensa com os vestibulares, 
mas estou bem, to na fé.

Mas não é nem uma resposta, nem a outra. É um "eu não sei" e só. E não posso escolher, definir, dizer, sentir, resolver... Não me dou bem com essa coisa dupla, não. Terrivel falar sobre isso, um coisinha tão boba diante de tantas que podem dar errado pra uma pessoa, que parece ser até egoismo eu estar me lamentando e causando dor por isso, sabe? Mas eu tenho esse meu fim no mundo aqui bem próximo, que é fim do mundo não sei nem porque, só me faz sentir que é. Eu quero que passe, prefiro minha cabecinha confusa do normal, quero que ela volte e ponto.

Tenho que estudar agora, concentração zero, dai escrevi essa droga de post pra ver se tirava qualquer conclusão. Que nada...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Tomara, Tamara.

"Tomara que os olhos de inverno das circunstâncias mais doídas não sejam capazes de encobrir por muito tempo os nossos olhos de sol. Que toda vez que o nosso coração se resfriar à beça, e a respiração se fizer áspera demais, a gente possa descobrir maneiras para cuidar dele com o carinho todo que ele merece. Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo nos reste sempre uma brecha qualquer, ínfima, tímida, para ver também um bocadinho de céu. Tomara que os nossos enganos mais devastadores não nos roubem o entusiasmo para semear de novo. Que a lembrança dos pés feridos quando, valentes, descalçamos os sentimentos, não nos tire a coragem de sentir confiança. Que sempre que doer muito, os cansaços da gente encontrem um lugar de paz para descansar na varanda mais calma da nossa mente. Que o medo exista, porque ele existe, mas que não tenha tamanho para ceifar o nosso amor. Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria. Tomara que apesar dos apesares todos, dos pesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz. Tomara."
[Ana Jácomo]

Lindo! Um chá de realidade. Realiadade dentro do que é real pra mim: a força que não me falta (nunca irá faltar!) diante dos instantes em que coisas não estão nos lugares devidos. O que vem de dentro é mais forte.
Brigada, Ana! :}

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Num papel, as frases do dia.

Eu sou folha de papel
Sou sozinha em verso de linha
Poesia borrada e rasgada.
São nos rabiscos mal acabados que me encontro
Papeis dobrados, rasurados,
tristes e bonitos.
A inspiração que cutuca a mente numa tarde vazia
Palavra que papel não lê
Palavras, frases, melodia...
Sou o que a cabeça quer sentir
e não sabe escrever
Simples e comum, mas diferente
em si, num ser.
Sou o que essas palavras são agora
Alusões poéticas, assimetricas e sensitivas.
Indescritiva.


[17:16h, Caderno de Bolso]

sábado, 27 de novembro de 2010

Felicidade nas coisas mais simples.

É que na verdade já sabemos que não é preciso o quantitativo pra fazer sorrisos. O raro é o simples, o puro. O raro é o feliz. Houveram tempos mais leves em minha vida, aquela época em que não havia com o que se preocupar, conta pra pagar, futuro pra programar. Quer leveza melhor que a cabeça de uma criança? Criança sorri em paz! Eu pelo menos fui uma criança dessas. Mas não perco essa magia, não. Ainda sei reconhecer o que me faz feliz de verdade e busco por isso. O simples, o terno, suave... A fé. Fé mesmo quando lembranças e padrões me fazem fraquejar, momento em que o mundo lá fora tentar me frear. Há fé.


"São saudades de um mundo contente feito céu estrelado. Feito flor abraçada por borboleta. Feito café da tarde com bolinho de chuva. Onde a gente se sente tranquilo como se descansasse num cafuné. Onde, em vez de nos orgulharmos por carregar tanto peso, a gente se orgulha por ser capaz de viver com mais leveza."
(Ana Jácomo)

[Felicidade - Roberta Campos]

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

"Aaah, acho normal...

...ver o mundo feito faz o mar num grão de areia
É de se entregar a sorte e todo mundo vai saber
Em ver que o vai e vem pode ser eterno
Pra ver quem manda
Acho que não vai dar, tô cansado demais
Vou ver a vida a pé ai ai ai ai
Acho normal tá no mundo feito faz o mar num grão de areia"

[Mais Tarde - Marcelo Camelo]



domingo, 21 de novembro de 2010

Bobeiras certeiras que a mente alimenta.

Com o tempo criei uma espécie de formula, uma lei... sei lá. Criei uma coisa em minha cabeça que me faz pensar na probabilidade das coisas que podem acontecer em determinada ocasião. Tipo, não é matematicamente, é em relação à possibilidade mesmo, coisa só de pensamento. Sempre fiz isso automaticamente e acabava notando que por eu ter pensado no que poderia acontecer, no caso de ruim, não acontecia simplesmente porque eu cogitei ser possível, ou seja, penso no que pode ocorrer e só de pensar serve como uma proteção. É engraçado, não é? Mas funciona sempre! hahaha. E quando eu não imagino que possa acontecer tal coisa, ela acontece. É como se o desencadear dessas coisas fosse ligado ao inesperado e só funcionasse com isso, quando se espera não funciona. Então, observando isso por diversas vezes, determinei que minha mente pode controlar certo acontecimentos ou não-acontecimentos vidanos, principalmente quando o que to pra fazer não é algo lá muito seguro, entende? É legal, me acho tão boba por pensar assim, mas é legal ver como funciona e se eu acho que funciona, deve funcionar mesmo... Não entendo lá de forças de pensamentos e não é bem questão disso, é apenas um artifício meu que me proteger dos lances por aí. :)


"(...)Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.
O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas.
O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver(...)"

[Das vantagens de ser bobo, Clarice Lispector]

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Um bom samba é uma forma de oração

"Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não

Feito essa gente que anda por aí
Brincando com a vida
Cuidado, companheiro!
A vida é pra valer
E não se engane não, tem uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinado embaixo: Deus
E com firma reconhecida!
A vida não é brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida
Há sempre uma mulher à sua espera
Com os olhos cheios de carinho
E as mãos cheias de perdão
Ponha um pouco de amor na sua vida
Como no seu samba"

Samba da Benção, Vinicius de Moraes



Em meio à desesperança e a falta de impulso...
Essas coisas que dão assim na gente quando a queda de uma só folha parece mexer com toda a árvore, desestruturar. É do viver mesmo, sabe?
Em meio a isso, vem o poeta Vinicius me convencer de um samba que faz da tristeza um motivo também pra acreditar na vida.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Exílios silenciosos.

Cheiro de noite;
gosto de insônia; barulho de vento;
luz de um filme antigo na TV.
Queria poder levitar pra onde o sonho
descansa em paz,
apenas.
Amanhã, eu sei, ele acorda.



[3:27h, caderno de bolso.]



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

É a promessa de vida no teu coração

-Pau
-Edra
-Im
-Inho
-Esto
-Oco
-Ouco
-Inho
-Aco
-Idro
-Ida
-Ol
-Oite
-Orte
-Aço
-Zol

Tom e Elis

Porque nem sempre.

Sabe como é sentir certa estagnação com o mundo lá fora? Tem vezes que vejo tudo parar, os dias iguais. Não são! É, não mesmo... Um dia a mais é uma a menos, ora! Então porque raios eu cismo nessa inércia? Quem sabe? Sei é que é decadente como a gente pode pensar por três vezes em quatro coisas distintas e, assim, se encher de duvidas, tudo por não se dispor a pensar apenas mais uma vez. Aliás, é hilário, presumo. Nossa! Quanta contradição, Tamara! tsc tsc. Mas olha só, até um hare krishna tem um diazinho "não sei o que sinto", bom diazinho banal, diga-se de passagem. E porque logo eu teria que me contentar com uma ideia fixa? Livrai-me! Quero poder descobrir como sou sortuda num dia e como tudo passa em branco no outro, como adoro ficar o dia inteiro fora de casa e como meu quarto é legal assim vazio comigo. Tô cobrando nada do mundo, nada de mim. Deixa pra amanhã essa coisa de decisão, de maturidade, de obrigação... Os dias não são os mesmos! E o nexo? Nem sempre... Hoje não to pra nada.


[Reflexões Voláteis - Velhos e Usados]

"Descanse em paz, minha sanidade."

domingo, 7 de novembro de 2010

Prazer, me chamo Rosário.



Rosário sonhava todas as noites com os passos de seu futuro, ele parecia muito previsível e por isso ela sonhava um jeito de mudá-lo, de fazê-lo inesperado. O sonho devia ser protegido por alguma magia, pois enfrentava qualquer tipo de tormenta. E o mundo inteiro queria sabia saber: pra que lado vai o futuro sonhado?

Tropeços, desesperos, quedas, dúvidas, medos. Nenhum sinal de calmaria... Mas o sonho incerto a tudo resistia. Por isso todos deveriam saber: pra que lado vai o futuro sonhado.

Sonhos nunca acabam bem, simplesmente porque nunca acabam!

Há sempre os que se afogam e amanhecem encharcados, mas Rosário acostumava acordar feliz, porque no fundo ela sabia pra que lado vai o futuro sonhado.

E pra que lado vai?

-

(Adaptação feita por mim da música Eisenhower E O Colosso de Mundo Livre S/A)
Clique aqui para letra original ;)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Quem é mais sentimental?

"Que me desculpem os apáticos,
não tenho medo de sentir.
Eu sinto muito..."

(Ana Jácomo)


"Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te
ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente.
Se ela te fosse direta, você a rejeitaria."

(Rodrigo Amarante)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Tempo entregue.

  Novembro!?
  Dia desse eu tava aqui mesmo no blog falando sobre o mês de agosto e parece que foi só o tempo de eu piscar os olhos que já chegou novembro. Quando é novembro me dá um friozinho na barriga por ser o penúltimo mês do ano e, como um mês voa que só, dezembro logo bate à porta. Vem Natal, Reveillon, vida nova (ou não)...
  Esse ano acabando vai ser decisivo pra mim: respostas de vestibulares, onde vou morar, como vai ser, como vai começar. Aai, que medo! Não, eu não temo mudanças, gosto delas, mas sinto certo receio por não ter como prever nada ainda e pelo risco das coisas não correrem bem.
  Enfim, tenho sentido borboletinhas no estômago. Não sei se posso chamar de ansiedade, não costumo sofrer muito disso, mas me dá uma coisa assim por dentro só de pensar nesse incerto que vem chegando perto e mais perto, são borboletas mesmo. Ao menos não é pior. Tempo atrás eu tava num baita stress cheia de dúvidas sobre o que eu queria pro próximo ano. Ainda bem minha cabeça parece ter tomado um chá de calmaria e resolveu entender que o melhor é o que vai ser, assim, hoje, tô bem disposta a aceitar o que vier.
  Eu não queria apressar o momento da certeza, tanto é que to surpresa por já estar tão em cima, porém, ainda com pouca precisão na ideia, quero até que passe logo essa fase borboletistica. Aliás, quero essa "estabilidade" de uma vida nova não tão depressa, nem tão devagar. Bom que seja mesmo na hora do tempo. Pra quê melhor?

Ainda há muito que caminhar!

"Tem mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça" (Cora Coralina)
E disso também estou certa.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dia 7

Sete citações preferidas.

1- "Não te deixes destruir... Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas. Recria tua vida, sempre, sempre! Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça! Faz de tua vida mesquinha um poema. E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir. Esta fonte é para uso de todos os sedentos. Toma a tua parte. Vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede." (Cora Coralina)


2- " Tudo que parece meio bobo é sempre muito bonito, porque não tem complicação. Coisa simples é lindo. E existe muito pouco... " (Caio Fernando Abreu)

3- "A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas... Mas não posso explicar a mim mesma." (Fragm. de Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll)

4- "Vence quem passa por essa vida rindo. E se o preço que se paga por ser um pouco feliz é ser um pouco idiota, dane-se." (Tati Bernardi)

5- "Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez." (Caio Fernando Abreu)

6- "Sonhar é acordar-se para dentro" (Mário Quintana)

7- "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (Fernando Pessoa)


Nota: Último dia. Gostei do joguinho, foi divertido. ^^
 Breve vou descobrindo novos e postando!

domingo, 31 de outubro de 2010

Dia 6

Sete coisas que você mais gosta de fazer.

1- Ficar durante horas olhando pro mar. Se eu pudesse, realmente faria isso todos os dias! Sentar ali na areia e deixar o tempo passar sem me preocupar com nada, apenas me perdendo buscando no horizonte o ponto em que o mar e o céu se unem e, no final, o presente é o pôr-do-sol, sempre lindo. Amo.

2- Viajar. Gosto de conhecer novos lugares, de ir para os mesmos e até mesmo da estrada, observar os desníveis dela e as caras de cada lugar. Mas o que eu mais gosto mesmo é de sentir saudade de casa e depois poder voltar pra ela pra recomeçar o dia-a-dia. As vezes sinto que preciso sair daqui, transitar em mim e mudar de ares pra poder voltar e seguir a vida com mais gosto.

3- "Viver" músicas. Tudo bem que ouvir música é uma coisa bem comum que todo mundo adora, mas eu não podia deixar de dizer o quanto elas embalam minha vida e fazem parte de mim diariamente. Amo ir em busca de novas, relembrar as antigas e viver com elas (ou viver delas), sem medidas.

4- Nada. Quem não gosta de passar um dia fazendo nada? Acordar tarde, comer na cama, ver TV e fazer mais um pouco de nada na internet. Eu gosto de passar um dia inteirinho em minha companhia apenas "nadando". Nada também é construtivo e legal, mas sem exageros, claro!

5- Risadas com os amigos! Não importa hora, lugar e nem o que se tem pra fazer, bons momentos junto com as pessoas que gosto já são suficientes pra que eu me sinta feliz. Acho que deve ser assim com a maioria das pessoas, mas realmente eu sei e gosto de me divertir com tão pouco, afinal de contas, o simples é o que faz bem.

6- Ficar com "formiguinha" na perna. Eu chego a sentar em cima da perna só pra depois ela ficar com aquele formigamento que faz sentir aquela sensação de dormênciazinha tão gostosa.

7- Contar os batimentos cardíacos. Antes de dormir eu fico paradinha pensando e observando o fluxo dos batimentos e tentando contá-los. Dá pra reparar como ele muda à medida que penso em coisas diferentes, isso é bem legal, diria até que terapêutico. Haha.

[Madeira Naval - Ludov]

Nota: Mas são tantas coisas que a gente faz e gosta, difícil esse tópico!

sábado, 30 de outubro de 2010

Dia 5

Sete desengasgos.

1- Modinha demais me incomoda. Sinto nojo daquelas pessoas que se nota na cara que vestem aquela roupa, falam sobre aquilo ou ouvem tal música, simplesmente por moda, muitas vezes perdidas, apenas fazendo o todo mundo faz. Porque querer se sentir tão igual a todo mundo? Que coisa mais oca. Comodismo de merda, moda de merda, cabeça de merda!

2- Pegadores, não suporto vocês! As vezes morro de vontade de chegar pra esses playboyzinhos, que têm marra de fodões porque pegam todas, e dizer o quanto eu acho ridícula a falta de personalidade e de conteúdo deles. Arg, queria desarmar um em público e fazer sentir vergonha por ser um zé ninguém! O mesmo vale para meninas oferecidas que só pensam em status. Mas, falo nada não, observo.

3- Tenho vontade de dizer pro professor de História que ele não é engraçado. O sujeito até que é legal, mas ele força tanta piada que se torna super chato, ao menos no meu conceito. Eu sinto vontade de dá um chá de se liga, mas depois eu penso: “Tadinho, deixa ele se divertir”. Haha.

4- Julgar é feio, galerinha! Tá, tudo bem que é comum rolar aquela velha resenha da vida alheia com os amigos, mas daí viver em prol disso é medonho! Conheço gente que não consegue ficar sem reparar, criticar e fofocar de tudo ao redor. Incrível é ainda se achar melhor pra sair julgando todos do jeito que bem entende. Isso é bem típico de gente que se sente umbigo do mundo, acha que todos os acontecimentos ocorrem ligados a sua pessoinha. ¬¬' Desculpa se soar como julgamento também, mas, cá pra nós, é uma constatação: ôoooo gentinha patética!

5- O twitter é uma droga! Caramba, tem gente que vira o dia twitando pro nada toda besteira do dia, eu vejo isso! É, tenho twitter, as vezes consigo extrair alguma utilidade como novidade de bandas que gosto e até ouso escrever uma frase ou repassar algo legal. Uso a droga, tudo bem. Mas daí me viciar a ponto de contar “oi, soltei um pum” PERA AÊ! E o cúmulo ainda é falar: “Me sigam, gente!” (nheca) Você por acaso lê tudo que essa galera que você segue fala? Eu não. Logo, eles vivem é numa doce ilusão achando que alguém os segue no sentido mesmo da palavra. Tsc tsc.

6- Eu não quero ser gente grande. Ao mesmo tempo em que anseio por autonomia e liberdade, não quero nem pensar em ter que pagar contas, morrer de trabalhar e cumprir com as “obrigações” da sociedade. Contraditório, não? Se para ter liberdade tem que crescer... Mas o bom de não ser adulto é justamente não precisar fazer escolhas cabulosas, até mesmo quando o assunto é: "crescer ou não crescer? eis a questão!" Enfim, ainda nem sei a resposta, vou pensar... (aproveitando enquanto há tempo pra fazer isso)

7- Não me ame de um dia pro outro! “Olá, adorei te conhecer. Te amo!” Aaaaaarg, que raiva! Até amar virou moda. ¬¬’ Gosto de gente sincera, que fala o que sente quando sente. Então, se você me parecer de um sentimento duvidoso, tchauzinho! Se me amar, vai amar pelo que irá conhecer de mim, não por uns dois ou três dias de conversas legais. Valeu?



Nota: Me senti meio Felipe Neto com esses desabafos todos! Poxa, as vezes eu acho ele tão "se achante", apesar de dizer a verdade que muitos querem dizer e ser um cara legal. Então quer dizer que vão pensar isso de mim também? :S Mas a brincaderia é desengasgar mesmo, então que pensem. =D

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Dia 4

Sete fotos suas de momentos diferentes da vida.


Nota: Queria ter posto mais pra ilustrar melhor as fases. É uma pena que tenham que ser apenas sete, mas de qualquer forma achei que ficou legalzinho. Espero que gostem! :)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dia 3

Sete vontades que dão repentinamente.


1- Molhar o rosto. Tem horas que fico agoniada, chego até a me coçar, e tudo que preciso é lavar o rosto.
2- Morder. Uma vontade que vem de dentro mesmo! Mordo as pessoas que gosto, é carinho.
3- Comer doce com salgado. Minha boca começa a salivar e eu preciso fazer essa mistura.
4- Riscar. Tem vezes que eu olho pra caneta e me vem uma vontade louca, não só de escrever, como de rasbiscar tudo, eu, você ou qualquer lugar!
5- Abraçar Marley (meu cachorro) com muita, muita força! Ele fica reclamando porque aperto demais, mas é incontrolável. Acontece com os outros cães, mas é ele que sempre sobra!
6- Cortar as pontas do cabelo. Eu mesma corto, olho pra elas e meto a tesoura (mas é pouquinho)! Faço isso como quem corta as unhas. E ah, abrir pontas duplas é meu vício!
7- Estralar os dedos, gritar, pegar no cabelo e ter diferentes desejos comestíveis, fazem parte de manias diárias repentinas (ou não).

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dia 2

Sete músicas, sete filmes e sete autores.

1- Something - The Beatles
2- Pois é - Los Hermanos
3- Balada do Louco - Mutantes
4- A Fé Solúvel - O Teatro Mágico
5- Alucinação - Belchior
6- Wish You Where Here - Pink Floyd
7- Under Pressure - Queen, David Bowie


1- Sociedade dos Poetas Mortos
2- O Fabuloso Destino de Amelie Poulain
3- Diários de Motocicleta
4- O Conde de Monte Cristo
5- O Labirinto do Fauno
6- Apenas o Fim
7- Once, Apenas uma Vez


1- Clarice Lispector
2- Caio Fernando Abreu
3- Machado de Assis
4- Tati Bernardi
5- Cora Coralina
6- Mário Quintana
7- Lygia Fagundes Telles



Nota: Acho que esse item é o mais difícil. Foi complicado escolher 7 entre tantas preferências, principalmente as músicas. É que a gente muda(e molda) tanto de gosto e opinião que com o tempo tudo fica muito amplo, não dá pra fazer escolhas desse tipo sem lembrar de cada momento que já passou. Mas é isso, espero que eu tenha selecionado da melhor maneira. :)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dia 1

Sete curiosidades sobre você.

1- Adoro mudanças. Há quem morra de medo de mudar de rotina, de opinião e de visual. Eu não, fico feliz quando me pego fazendo coisas diferentes das que pensei em fazer um dia e quando descubro o quanto era bobeira pensar daquele tal modo. E convenhamos, que graça tem seguir sempre aquele mesmo padraozinho e dizer "eu penso assim, eu sou assim e não vou mudar"? Aaaaaaaaaaaarg, não tem coisa que me irrite mais que o comodismo (ou simplesmente a ignorância)! É por essas e outras que tem dias que sou tímida, dias que sou palhaça, dias que sou calma, dias que sou super-chata-sincera, dias que danço, dias que choro... E não acaba. Mas, por favor, não confunda isso com desleixo ou com falta de personalidade, eu sei dos meus valores.

2- Sou estabanada, estabanada demais! Não adianta me pedir pra fazer silêncio numa missão daquelas de não acordar ninguém porque eu sempre me bato em alguma coisa. Tirem de perto de mim tudo de valor muito frágil, porque parece que quando meu subconsciente tá sabendo que não pode, ai que ele se encarrega mesmo de fazer o estrago! haha. Prateleira de supermercado, arrumação e qualquer coisa que escorregue da mão, mantenham distância de mim! E ah, isso parece agravar quando tem alguém me olhando.

3- Detesto salto alto e papariquisses muito femininas. Posso até levar algum jeito pra ficar em cima do salto, pra fazer maquiagem e pra combinar roupas, mas realmente não é a minha praia! É que eu tenho amigas que sentem prazer em se arrumar, não saem de casa sem maquiagem, brincos e outros aparatos, mas eu não tenho paciência alguma nem mesmo pra ver isso. Acho que já tive fase assim, ou melhor, já tive sim essa fase de mulherzisse extrema, só que passou que nem passou a fase de roqueira!

4- Não sou muito adepta do romantismo. Apesar de eu ser sentimental pra caralho e viver com choros engasgados, não levo jeito nenhum pra expressar o que sinto. Talvez seja timidez ou quem sabe, simples desgosto. Uma das iniciais utilidades aqui do blog foi, justamente, pra aprender a soltar mais meu coração, e tenho aprendido! Em relação a romance mesmo, acontece que não sou feliz em declarações desesperadoras e continuas, não gosto de melosidades. Carinho sim, melosidade não! Acabo enjoando rapidamente, defeito insuportável meu, mas sou totalmente dependente da presença, mesmo que não tão de perto, da pessoa que gosto.

5- Tenho cabeça de vento. Pois é, esqueço datas, onde coloquei meus miolos e até o que não dá pra esquecer! As vezes, to conversando com alguém (pode ser minha própria mãe), e dá um branco no nome da pessoa, tiram muito com minha cara por conta disso. O mesmo é para as palavras, claro, vivem fugindo! É meio que uma memória seletiva inversa, porque o que é pra esquecer eu não esqueço. Tento fingir que sim, mas não. Por outro lado, tenho momentos únicos intactos na memória. Sabe aquelas coisas simples que a gente lembra sem motivo? Ainda bem, eu consigo guardar!

6- Sou conselheira por prazer. Já tava recheado demais de defeitos por aqui, né não? Mas é como dizem, a gente está mais apto a enxergar bem mais defeitos que qualidades em nós mesmo. Bom, meus amigos mais chegados (e até alguns conhecidos) gostam de me contar os problemas e eu me sinto na obrigação de me desdobrar pra encontrar o melhor jeito de fazer a pessoa se sentir bem, de ajudá-la. Em meus momentinhos de crises, reclamo que ouço todo mundo e ninguém me ouve, mas na verdade eu gosto sim, de coração, de estar me sentindo prestativa e fazer alguém sorrir. Se eu der um Não pra alguém que me pede algo, até quando não está mesmo a meu alcance, eu me sinto mal de verdade.

7- Tenho um blog! Pra quem tá lendo agora deve não ser nenhuma novidade, mas são pouquissimas as pessoas da minha "vida real" que sabem disso. Não, eu não divulgo a minha página em orkut, msn ou coisa e tal. São poucos os meus amigos que frequentam esse meu outro lado. É que eu nem tive vontade de contar pra muitos deles por saber mesmo que não vão dar atenção. Apesar de nos gostarmos, são personalidades diferentes. E por falar nisso, tenho amigo de todo tipo! E assim acontece, eu conheci meus leitores assíduos aqui mesmo no mundo do blog. Gosto disso, aqui é meu refúgio "privado".



Nota: Aaah, adorei escrever isso, fluiu super na hora e no final ainda fiquei querendo números pra contar mais! Falei mais de defeitos que de curiosidades, né? Pois é. E ainda faltou eu contar que não tomo café, não sei distinguir sabores de alguns sucos de fruta, sou corajosa quando não penso, falo demais, interrompo os outros sem querer (muito), não tenho muita paciencia com crianças apesar de gostar delas, tomo remédio por tudo, converso sozinha com meu anjo bom e com o ruim também, não decoro numeros (aliás, sou péssima pra decorar qualquer coisa), sinto preguiça de comer as vezes, dou risada de tudo (até quando to nervosa), [...]

7 dias randômicos

É o seguinte, já vi vários joguinhos dos dias em diversos blogs e achei super empolgante! Além de colocar a gente pra pensar, mesmo que sejam em coisas bobas e corriqueras, acaba servindo de auto conhecimento. Aah vaai, e porque eu gostei disso! :)
Então, resolvi criar o meu próprio joguinho inspirado nos itens que mais gostei dos outros. Espero que não torne chato pra vocês, e justamente por isso o meu terá 7 dias apenas (costumam fazer de 20 e até de um mês). Vai funcionar assim: durante esses 7 dias vou postar de modo randômico, mantendo uma conograminha de itens que vai aqui abaixo.

Dia 1 - Sete curiosidades sobre você.
Dia 2 - Sete músicas, sete filmes e sete autores.
Dia 3 - Sete vontades que dão repentinamente.
Dia 4 - Sete fotos suas de momentos diferentes da vida.
Dia 5 - Sete desengasgos.
Dia 6 - Sete coisas que você mais gosta de fazer.
Dia 7 - Sete citações preferidas.

Espero que seja interessante pra vocês.
Abração aos sempre atenciosos com o NoutrOras. Ah, pros não atenciosos também! A presença de cada um já é um carinho enorme pra mim. Brigada, gente! ^^

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A gente espera do mundo e o mundo espera de nós

  Aah como eu queria poder jogar tudo pro alto, largar mão dos paradigmas impostos pela sociedade e só ter a beleza das coisas mais simples que me fazem sorrir; e fazer também com que todos fizessem. É uma pena que eu esteja num mundo maluco, que seria até uma comédia se não fosse tão doente. Eu fico é asfixiada só de pensar em relógio, dinheiro e gente. GENTE, não existe complicação maior que gente! Aquela gente mesquinha que tem o hábito de trabalhar para viver e viver pra trabalhar, e se contenta com isso de tal forma tornando tudo amargo e seco. E como se não bastasse, fazem questão de contaminar tudo que está por perto com um pessimismo barato. Sinto muito, mas comigo não, mermão!
  Eu quero mesmo é viver numa rotatividade sem fim pra poder experimentar sempre o gostinho de não ser padronizada como gente. Meu desejo é o transitório, o intenso, a vivacidade! Mesmo que eu tenha que sofrer o peso do coração sangrando e da lágrima escorrendo, vou continuar preferindo não ser igual.
  E sabe do mais? Eu acredito sim na plantinha da vida, posso até ser boba, mas cuido disso pra valer; e será mesmo que é bobeira encarar que existe a semente que a gente planta pra mais tarde colher os frutos? É a lei do retorno, rapaz, uma das poucas verdades que se pode saber sobre essa coisa louca que é viver. E quando o que volta pra mim é ruim, tenho a consciência de que foi, de alguma forma, por conseqüência de meus erros, isso tranquiliza (pelo menos comigo é assim). Do mesmo modo, as coisas boas chegam, e elas são retribuições daquilo de bom que a gente já cultivou. Então, aqui estou eu, dentro do meu limite (tenho o pé no chão sim!), extraindo aquilo que há de melhor do peito e permitindo que as coisas fluam da melhor maneira, até onde eu possa levar antes da próxima mudança.


  Pô, eu queria pôr isso pra fora sem que parecesse piegas, só que resolvi nem me preocupar mais, uma vez que, melhor ser piegas do que não ser verdadeiro. Vão dizer: "Que garota ingênua, conhece nada do mundo", e eu vou responder: "Sou boba, tô no mundo e vou descobrir muito mais dele do que essa gente que não apetece de mudanças e de riscos".
  Estou à margem do que me sufoca, num ponto em que conheço o que não presta e me mantenho observadora silenciosa, só maquinando uma fuga. Que fique claro, eu sou inconstante e pretendo ainda me aventurar demais em busca de instantes felizes sem rótulos, personagens, falas e comparativos. Tudo isso com a cabeça feita de que sou eu a principal e única responsável pela mistura agridoce que recebo da mundo, é uma verdadeira troca! Sei que hoje, até poderia me permitir mais, deixar de lado alguns medos, mas isso é também, justamente, uma questão de transitoriedade minha, apenas minha.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

sorri em paz, só de encontraaar!

A sensação de ter aquilo que era sonho, o gosto do distante tão próximo, a emoção de recordar palavras, melodias e sentimentos numa só coisa. Naturalmente utópico, FOI REAL!


A primeira vista me pareceu mentira, é até engraçado lembrar, eu piscava os olhos, olhava pros lados, piscava os olhos de novo e abria bem rápido pra saber se não tinha saído do lugar. Meu coração apertava de tanta energia acumulada, que eu nem ao menos conseguia liberar, só me deixava boba, extasiada!

Dois dias seguidos de Los Hermanos, dois shows da minha vida!

Se antes cada música já fazia parte de tantas das minhas recordações e falava do que eu sou e do que estou, agora, mais do que nunca, eternizou-se.

mais fotos: http://jackiebrito.com/wordpress/?p=139

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dias 17 e 18 de outubro.


Meu caso de amor e barbas.

"Cada dia a mais é um a menos pro encontro acontecer"
Los Hermanos.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Na força da fé

"Se não for hoje, um dia será. Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo."

(Caio Fernando Abreu)


"Deixar-se levar pelos tons
Banhar-se em cores e sons
Seguir o horizonte até que o olhar se perca
Despertar os sonhos antes que adormeçam
E se a vida vir der de me derrubar
Vou olhar pra ela, sou mais de encarar
Forte sou levanto, rumo no meu norte
Ando com anjos, conto com a sorte"


(Deixar-se - O círculo)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Amar as pessoas como se não houvesse o amanhã.

Uma filosofia, um amor e uma saudade daquilo que não vi.



"Quem me dera, ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender:
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer

Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.

(...)

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura para o meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes !"

Renato Russo.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Carinhos

  Acho que já tá na hora de eu também participar das troquinhas de selos. Além de ser super impulsionador, demonstra o carinho que os colegas de blog tem um pelo outro. Tenho encontrado com gente muito bacana por aqui, me sinto bem por isso. ^^

Recebi este do meu amigo Lucas, do blog Ele Teimou, uma pessoa de coração enorme que eu tenho um carinho maior ainda.


Vou repassá-lo aos blogs: 


Este recebi do blog A Longa Estrada, que conheci faz pouco tempo e logo me encantei com seus textos e sua atenção aqui ao Noutroras.


Achei a cara dos blogs:


O próximo selo eu encontrei e queria presenteá-lo a outros queridos.


Os blogs são: 


Agradeço a vocês pelos comentários, opiniões e, principalmente, pelo carinho aqui no blog. Vocês são uma das melhores coisas do meu dia-a-dia, de verdade.
E pessoal, vale apena conferir cada blog desses que enviei os selinhos.
Abraço a todos! =}

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A Programação do Dia


[O Teatro Mágico em Palavras, Fernando Anitelli]


Acorda pro dia!
Não deixe passar com ele a chance de mudar, de crescer...
Não deixe esvair o sorriso.
E por falar nisso, onde andam os teus sorrisos de ocasião?
REVELE-OS enquanto há tempo!

Foi o que eu disse pra mim esta manhã.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O que eu quero? Sossego.

Pra ter a sagacidade de não considerar maus pensamentos;
Pra gritar de alegria e calar de emoção;
Pra não ter que pagar as contas do mundo doente;
Pra exterminar da cabeça o passado ruim;
Pra não mais sentir náusea do dia-a-dia;
Pra que a desigualdade deixe de ser problema;
Pra não ter que me sentir perdida em 'círculos sociais';
Pra convalescer o lado mesquinho da vida;
Pra não deixar que o sistema degringole comigo e contigo;
Pra que o mundo esqueça do ódio, da vingança e da ganância;
Pra que o mundo lembre da essência, do bem e da verdade;
Pra desmantelar qualquer motivo de preocupação;
Pra que só existam as melhores cores, sons e sabores;
Pra o amor sem dor!
(...)
Pra sorrisos, sempre sorrisos, e
pra que mente e corpo encontrem-se num estado prolongado, ou melhor, infinito de paz.


Desejo sossego pra você também!


[The Ramones - What a Wonderful World]

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A favor ou contra o tempo.



“Nunca mais? Não tem nunca mais no presente, presente quer dizer imprevisto, tudo eu posso ver agora. Ou daqui a pouco quando for agora de novo.”

(Lygia Fagundes Telles)

domingo, 3 de outubro de 2010

Do lado de dentro


  O tempo tem tomado papel proporcional também com meu modo de ver as pessoas ao meu redor, a medida que ele passa, minha insegurança aumenta. Não dispenso ter amigos por perto, mas me assusto um bocado quando vejo que, efetivamente, estou só. Por conta disso, tenho me apegado a mim mesma de tal forma que fico inóspita ao lado de fora.
  Penso em nunca mais arriscar por ninguém, nunca mais confiar em ninguém e nunca mais ser alguém pra ninguém. Mas só penso! O nunca mais é ilusório demais, e de ilusão eu vivo bem pouco. O que acontece mesmo é que recordar certas decepções me deixa um tanto quanto desperançosa como todo mundo. Sei que parece exagero ou muito plural, só que to sentindo uma canseira generalizada, sabe? O velho hábito de esperar o bem das pessoas detonou comigo.
  Bom, até que essa solidão interna não é lá tão ruim. Saber que posso contar sempre comigo é mais confortante e seguro, parece indolor (ou de dor menor). Se eu fracassar, serei eu a responsável, e acredito que a decepção não será tão grande. Não quero mais ter que me culpar por culpar alguém de ter esquecido de usar a lealdade comigo. Esse esquecimento me parece frequente demais pra tanta culpa, então é a lealdade que não existe, deixa isso pra lá.
  Levando em consideração que o tempo varia de rota, muda nossas concepções e dá uma de curandeiro, quem sabe tudo isso também não passa junto com ele?!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A menina, o eletromagnetismo e o sol.

  Para ele, a menina de cabelos cor do sol (sol nascendo, quase todo nascido) era um segredo. Ele era olhar, o olhar do sol sob os cabelos dela, que conhecia todos os segredos.
  Aqueles olhos emitiam tanta luz, que a menina não conseguia fixar os seus aos dele sem que sentisse um frio na barriga por entender tanto do que não precisara ser dito (um vocabulário inteiro de olhar). E talvez, por ela desviar seu rosto, é que a luz refletia em seu cabelo cobertor de timidez, dando-lhe cores.
  A menina tinha medo. Ele, tão convicto de suas ideias, sentia medo do medo dela. Como poderia amedrontar-se com o que não conhecia? Ele não sabia que, na verdade, o medo era o frio na barriga que ele causava nela. Agora sabe. Ora, ele causa o seu próprio medo então? Sim, mas é por culpa da sintonia que faz um sentir o mesmo que outro até quando não se sabe o que se sente.
  Falando em sintonia, aquela onda eletromagnética entre sol e cabelos, nada mais era do que um fruto daquilo que os dois não sabiam justificar, ou preferiam não querer saber. Aliás, eles sentiam, logo, qualquer justificativa se fazia desnecessária.
  Sintonizar, admirar e sentir formava um conjunto perfeito para tudo estar bem se não fosse um único contratempo: o pôr-do-sol. O dia estava perto de acabar e então o sol tinha que partir, levando embora a luz, o olhar e a cor. Ela sabia que ele não queria ir, ele sabia que por mais ela pedisse para que ele fosse não era o que ela queria também. Porém, para que chegasse um novo dia, ele tinha de ir.
  O sol se despedindo em direção oeste parecia tão triste. Mas, acredite, há beleza também na partida. O belo era saber que no dia seguinte ele voltaria com o mesmo brilho e iluminando a mesma cor de cabelo. A cor do sol ao amanhecer será sempre mágica, dia após dia, e mesmo se houver uma frequência diferente, existirá magia.
  Então o que há de errado na beleza do pôr-do-sol se a luz sempre voltará ao amanhecer? É que a noite tem sido longa. A menina e o olhar de sol estão separados pela escuridão da noite perversa. Os dois têm pensado muito na saudade.
  Hoje, a menina quer contar o segredo, mesmo imaginando que ele já saiba. Ela quer dizer que acredita muito no amanhecer e que a luz dele está com ela até mesmo nessa noite em que vivem, porque a lua faz lembrar o sol, a sintonia e o tempo.


  Haverá o tempo em que nem a noite conseguirá impedir o eletromagnetismo dos dois.